Hoje a palavra ecossistema está sendo utilizada em um sentido amplo que vai além da concepção biológica sem deixar de lado a visão sistêmica, enquadrando os novos modelos de negócios dentro de uma metáfora de convivência equilibrada e coerente que permite aguentar os desafios apresentados pelas economias digitais e tecnologias disruptivas.
Em tempos difíceis, fortalecer a flexibilidade e a resiliência é a chave para seguir em frente sem quebrar nosso espírito. A lição do bambu pode nos ajudar a superar esses desafios.
“As paixões são como os ventos, que são necessários para dar movimento a tudo, embora muitas vezes sejam a causa dos furacões” Bernard Le Bouvier de Fontenelles.
Nos ecossistemas de negócios atuais, os conceitos de diversidade e inclusão colocam grandes desafios, dadas as mudanças disruptivas em termos demográficos, de gênero, cultura e transformação digital. A promoção e construção de uma cultura diversa e inclusiva gera vantagem competitiva nas organizações, setores produtivos e países em geral, o que é evidenciado nas estatísticas mundiais das nações com os melhores indicadores de desenvolvimento humano. Da mesma forma, para manter um desempenho empresarial sustentável, é preciso ter a capacidade de atrair e reter uma força de trabalho diversificada, principalmente quando nos referimos à questão feminina, uma dívida pendente, lacuna que a pandemia aumentou. Nestes tempos de incerteza, caos criativo, modelos económicos, políticos e sociais em profunda revisão, o olhar feminino marca presença e levanta a sua bandeira para oferecer um novo paradigma, uma energia diferente, para avançar rumo a novos horizontes produtivos e criativos, com asas de mulher.
Para algumas pessoas, o conceito de envelhecimento tem uma conotação negativa; está associada à perda, doença, isolamento, deterioração e sofrimento. No entanto, para outros, é mais uma etapa da vida com aspectos positivos e negativos a que devem se adaptar. Há um segmento cada vez mais significativo da população que, após a aposentadoria, se percebe capaz de continuar gerando valor e tem interesse em retornar à vida ativa, seja em equipa ou à frente de um negócio, sob a premissa de um envelhecimento ativo, produtivo e saudável. Sênior 5.0 estão entre os primeiros da lista de sonhadores que estão dispostos a descobrir os novos horizontes da Quarta Revolução Industrial.
Recentemente, conversei com algumas pessoas sobre empreendedorismo, os diferentes conceitos relacionados, semelhanças e diferenças. Empreender, Empreendedorismo e Empreendimento, são usados em diferentes contextos, às vezes como sinônimos, mesmo quando cada conceito define diferentes perspectivas e significados. Além disso, o termo empreendedor é usado com certa leveza, às vezes sem entender seu valor e significado. Desta conversa, surgiu esta reflexão, que hoje quero partilhar, o meu mapa pessoal, no caminho do empreendimento. Não pretendo fazer um estudo semântico destas palavras, apenas uma viagem pelos elementos diferenciadores e características relevantes destes conceitos, desde a sua utilização diária e importância no desenvolvimento de novos modelos de negócio.
A tecnologia nos define como seres humanos. Arqueólogos, antropólogos e historiadores estabelecem quadros de referência da evolução humana através da tecnologia. Foi justamente quando os humanos aprenderam a fazer ferramentas (há cerca de 2,5 milhões de anos) que começamos a chamar a raça humana de “homo”. O Homo habilis deve seu nome justamente por sua capacidade de fabricar ferramentas. A história da humanidade está entrelaçada com a história da tecnologia. Nossos passos e nossos horizontes avançam sempre em direção às fronteiras tecnológicas.
Dois conceitos opostos, flexibilidade e resistência, presentes em nosso cotidiano, interagindo permanentemente, de forma bimodal, em nossas tomadas de decisão, crenças, paradigmas e abordagens. Vivemos em constante mudança e transformação, que continuamente nos confronta com momentos de inflexão, situações inesperadas, que mudam nossa perspectiva e exigem que essas posições opostas, mas não ambíguas, trabalhem em equipe e cheguem a acordos. Quanta firmeza é necessária para manter uma postura em situações complexas e quanta flexibilidade devemos ativar para reorientar nosso olhar e avançar para novos horizontes? Equilíbrio e coerência, de nossas emoções, pensamentos e ações, é a resposta.
As mudanças profundas e avassaladoras, impulsionadas pelo avanço da Quarta Revolução Industrial e pelo impacto da pandemia, estão gerando uma evidente transformação de nossa percepção e interpretação do meio ambiente. Não só tivemos que aprender a usar novas tecnologias, novos formatos de comunicação, bem como novos códigos e protocolos comportamentais, sociais e trabalhistas, também desencadeou uma profunda mudança e transformação dos nossos sentidos, absolutamente essencial, se quisermos avançar para novos cenários e modelos sociais. Se queremos ser parte ativa e protagonista da nova Sociedade 5.0, é fundamental a mudança de pele e a abertura novas asas, para avançar, com equilíbrio e coerência, rumo a novos horizontes possíveis.
Recentemente, o jornal espanhol El País apresentou a seus leitores um fenômeno trabalhista que está abalando o sistema produtivo dos Estados Unidos, chamado The Great Resignation (A Grande Demissão). Esse “vírus” fez com que mais de quatro milhões de americanos deixassem seus empregos apenas em novembro de 2021, segundo dados do Departamento do Trabalho dos EUA. E começa a manifestar-se nos países europeus, sendo o Reino Unido e a França os países que lideram os que sofrem com esta inesperada fuga de mão-de-obra.
